Mesmo a tempo…
Depois do interregno que se verificou durante alguns meses (de facto todo o Verão) e que se ficou a dever a problemas técnicos a que fui totalmente alheio, levando-me a adiar novas crónicas sobre o que me rodeia e vou observando, estou de volta com novos testemunhos da vivência neste canto do Sudoeste Alentejano.
Aqui no Monte, para pessoas e animais, a vida foi passando com a calma habitual destas paragens e só o Verão esteve longe de ser o que se esperava pois a tão anunciada vaga de calor não se verificou estragando os planos de muitos dos veraneantes que procuram esta costa durante essa época.
Mesmo assim, e apesar do tempo chuvoso que se fez sentir e estragou muitas das decorações já expostas, as Festas dos Mastros em S. Teotónio não se deixaram de realizar atraindo muitos visitantes maravilhados com a fineza e o brilho dos trabalhos feitos e refeitos pela população orgulhosa da sua identidade e que não esmoreceu perante tal adversidade.
A festa do Quintalão mesmo sendo adiada uma semana não se deixou de realizar e a alegria transbordou dos figurantes para todos os que compareceram e assistiram ao desenrolar do dia.
Para todos fica a certeza de que tais tradições são para se manter de modo a que nunca se perca a identidade local, ao mesmo tempo que saem revigoradas a cultura e economia desta zona do país sempre atrasadas ou mesmo adiadas na ausência de planos sólidos de desenvolvimento, turísticos ou outros.