Azul ou verde ou roxo
Mas sonho… O mar é água, é água nua
Serva do obscuro ímpeto distante
Que, como a poesia, vem da lua
Que uma vez o abate outra o levanta.
Mas, por mais que descante
Sobre a ignorância natural do mar
Pressinto-o, vasante, a murmurar
Fernado Pessoa in Cancioneiro