Cogumelos
Todos os cogumelos são comestíveis, alguns só uma vez!
Esta máxima, a ter sempre presente quando pensamos em experimentar estas delícias com que a natureza nos presenteou, não nos deve impedir de poder apreciá-los em todo o seu esplendor e beleza, cada vez que formos passear pelos campos ou bosques.
Só anos de estudo atento permitem reconhecer a maioria das espécies que povoam o nosso território e que assumem nomes empíricos diferentes, consoante as tradições das gentes das terras onde são encontrados. Assim, por exemplo, os que aqui no Sudoeste se designam por púcaras são conhecidos em Trás-os-Montes por frades ou gasalhos.
O conhecimento profundo das espécies é a única maneira segura de distinguir as espécies comestíveis das venenosas ou mesmo mortais. A velha história do dente de alho, ou da colher de prata que escurecem, ou mudam de cor, na presença do veneno é totalmente falsa. Por isso todo o cuidado é pouco na análise de um cogumelo que não seja familiar no momento de decidir pela sua apanha. Da cantarela ao amanita vai uma grande diferença. Uma diferença de vida ou de morte.
As formas caprichosas que podemos observar, vão desde as mais frágeis às mais carnudas ou maciças, mas sempre cheias de uma beleza incomparável e, nalguns casos, literalmente cada vez mais rara devido ao desaparecimento acelerado de muitos dos seus ambientes naturais de crescimento.
Isolados ou em grupo, os cogumelos têm o dom de, mesmo sem termos de os comer, nos transportar para um micro-cosmos específico em que descobrimos um universo de florestas encantadas, povoadas por seres mágicos, como os duendes que vivem nestas casas tal como nas histórias de sonho da nossa infância.
Para aprender mais sobre fungos e cogumelos, ou mesmo fauna e flora Ibéricas, deixo aqui um Link útil.
Nestes próximos dias, que serão de chuva, é um bom modo de começarmos a conhecer melhor estas maravilhas da natureza. Divirtam-se.