Incongruência
Eu sei que muitas vezes as aparências iludem mas, neste caso, fico sem perceber muito bem se a realidade não será ela também uma ficção. O caso que hoje aqui relato e que inaugura uma secção nova no meu blog, talvez a faceta politicamente mais incorrecta que me caracteriza, revela a ligeireza com que as leis que nos regem se fazem mostrar. Não tenho dúvidas que tudo esteja de acordo com tais leis, mas achei por bem revelar o que se passa, na estrada que une a Herdade da Casa Branca a S. Teotónio, em nome da segurança de pelo menos 40.000 pessoas, ou mais, que diariamente e durante três dias por aqui passam durante o Festival do Sudoeste. Mais os outros que nos restantes dias do ano por aqui vivem e passam, e são confrontados com um trânsito que inclui largas centenas de veículos ligeiros por dia, acrescido de muitas dezenas de pesados. Dificuldade em manter o veículo na estrada, vidros partidos por causa das muitas pedras e gravilha presentes na estrada e que são projectadas pelos pneus, cruzamentos ou ultrapassagens muito arriscadas, que envolvem camiões cisterna e de transporte de mercadorias pesadas, tais como toros, são factos constantes que fazem perigar, todos os dias, a vida de quem por aqui passa em trabalho ou lazer.
Agradecia sinceramente a alguém, entre os meus leitores, que pudesse ajudar a esclarecer e/ou resolver esta situação tão bizarra. Este sinal encontra-se, pelo menos, há um ano e pouco no mesmo local advertindo para a execução de umas obras. Tudo o que aqueles que por aí passam e reparam, é que nada decorreu, que verdadeiramente melhorasse o estado de circulação de tal rodovia. Com efeito, nem sequer se percebe se a obra já decorreu ou sequer começou. Nem a estrada se revela arranjada, pois nem o asfalto está em condições mínimas de circulação e nem existe uma linha central ou linhas laterais pintadas, tão necessárias em caso de condução nocturna, ou com chuva, ou nevoeiro, e que deveriam constituir-se como obrigatórias, como também e, pasme-se agora, não inclui uma única referência à data de início e fim da obra. Diz apenas que demora dois meses mas nunca sabereremos quando…!
Agora que o Inverno se aproxima era bom que se tomasse uma atitude em relação a este caso. E, já agora, o sinal de indicação de limite de tonelagem para a circulação de veículos automóveis nesta via encontra-se, também há mais de um ano, caído (atirado?) na vala da berma sem que, aparentemente, alguém responsável tenha dado pela sua ausência e permitindo assim a circulação, sem restrições, dos tais veículos pesados.