Amanita Caesarea
Depois da chuva que tem caído, e aproveitando o dia de sol que ontem fez, saímos para dar uma volta pelos bosques de sobro à procura dos primeiros cogumelos.
Como amante da fotografia e da gastronomia tento aliar estas duas valências e fazer não só uns retratos dos mais variados fungos que vou encontrando mas também tentar encontrar alguns comestíveis. Mais uma vez alerto para a necessidade de só colher para consumo aqueles que se tem a certeza absoluta que são bons para comer. Qualquer erro pode ser fatal.
Crescendo nos mais variados ambientes, do solo a troncos velhos, os cogumelos são uma manancial de cores e formas distintas que constituem um grande motivo fotográfico. O resultado pode ainda ajudar a uma identificação posterior da espécie.
Normalmente os cogumelos que costumo colher para consumo são as “púcaras”, que por aqui abundam mas ainda não apareceram. Ontem fomos surpreendidos por uma forma que emergia do chão entra as folhas caídas dos sobreiros e que fazia claramente lembrar um ovo.
De imediato lembrei-me do que aqueles que os conhecem aqui lhe chamam, os “gema de ovo”. São os Amanita caesarea, os cogumelos dos Césares e, dizem os entendidos, são os melhores cogumelos que se podem comer. Estão envoltos por uma cutícula branca que lhes cobre todo o pé e chapéu e que se vai rasgando à medida que crescem lembrando na realidade um ovo.
Pelo sim pelo não, guardei apenas a recordação fotográfica destas maravilhas que, depois de devidamente confirmadas, pode ser que venham um dia a ser degustadas.